quinta-feira, 20 de junho de 2013

Por que consumimos alimentos calóricos quando estamos tristes?

Pesquisa mostra que as pessoas que estão sob fortes emoções diminuem a capacidade de perceber a gordura

Crédito: Shutterstock
Quem já não se refugiou em um pote de sorvete ou em um pedaço de bolo de chocolate quando se sentiu triste? Uma comida calórica parece ter um efeito reconfortante e até calmante para as pessoas quando elas passam por alguma dificuldade, como um término de namoro por exemplo.
Mas porque essa é sempre uma alternativa quase natural de escolha quando estamos nessa fase? Segundo uma nova pesquisa da Universidade de Würzburg, na Alemanha, as pessoas consomem alimentos mais calóricos quando estão tristes, pois, devido às emoções, elas percebem os sabores de forma diferente e até mais intensa, como o doce. Em contrapartida, o estudo revelou também que ficamos menos capazes de registrar a quantidade de gordura ingerida.
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No entanto, isso não acontece apenas no auge de uma tristeza. Os pesquisadores descobriram que quando as pessoas estão para baixo ou mesmo muito felizes elas são mais capazes de detectar sabores amargos, doces e salgados. De fato, depois de assistir a vídeos emocionais, a capacidade dos participantes do estudo para detectar esses gostos foi aumentada em 15%.
Crédito: Shutterstock
Para chegar a outra conclusão sobre a percepção da quantidade de gordura, os especialistas pediram a um grupo de voluntários para saborear uma variedade de bebidas cremosas (shakes) contendo diferentes níveis de gordura.
Antes de participar da degustação, foram apresentados aos participantes três diferentes vídeos: um com cenas felizes, outro com cenas tristes e um entediante. Foi descoberto que assistir ao vídeo entediante não teve nenhuma influência no paladar dos participantes.
No entanto, depois de assistir os vídeos emocionais, os voluntários foram menos capazes de detectar se as bebidas eram ricas em gordura ou não. Dr. Paul Breslin, coautor do estudo, disse que ficou surpreso ao descobrir que, ao estarem emotivas, as pessoas eram menos capazes de detectar gordura, enquanto que a sua capacidade de perceber outros sabores aumentou.
Ele explicou que essas descobertas se encaixam com outras que também mostraram que as pessoas que sofrem de depressão são menos capazes de detectar os níveis de gordura na sua alimentação.


Fonte: Toda Ela

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